quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Confissão


Interessam-me os loucos
 E os bêbados
Seduzem-me
Pedaços de um Caderno
Manchado de Vinho
Atraem-me
Doidos de pedra
E suas Memórias Inventadas
E seus sonhos contados
Importam-me os santos
E suas utopias
Aprecio Saramaguisses
Gosto dos que acreditam
E idolatram a dúvida
Dos paradoxos
Da heterodoxia
Dos que se reinventam
Dos poetas da rua
E suas Histórias Cretinas
Admiro os Basievisctus
E sua poesia ambulante
E a força emotiva
De Lalos e Matheus
Bolivarianos Andrés
Sensibilíssimos Ortizes
Amo os que sonham viajar
Os que veneram o mar
Os que vão e os que ficam
Os múltiplos
Os multifacetados
Os Fernandos e as Pessoas
Eu continuo Baudelariando
Na minha embriaguez
De virtude, de poesia ou de vinho
E sempre na dúvida entre as três opções
db

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Cadê a a poesia?

O tempo passa
Vai noite vai dia
Mais uma desgraça
A terra vazia
É barreira é barragem
A morte que espia
É sonho amputado
Fim da alegria
Lama vazando
É dor agonia
São corpos achados
Filho mãe e tia
A vida ceifada
Numa tarde fria
É tanta falácia
Tanta hipocrisia
E ainda me perguntam:
Cadê a poesia?

db